Esportes

63173

STJ julga hoje, 20, se Robinho deve cumprir pena por estupro no Brasil

Ex-atacante foi condenado a nove anos de prisão na Itália.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) julga nesta quarta se o ex-atacante Robinho deve cumprir no Brasil a pena pelo estupro de uma mulher em uma boate em Milão em 2013. Ele foi condenado a nove anos de prisão na Itália, que pede que a decisão seja homologada pela corte para que o atleta seja punido em seu país.
 
A sessão está marcada para começar às 14h e, qualquer que seja o desfecho, há possibilidade de recursos.
 
Robinho foi condenado em três instâncias da Justiça italiana pelo estupro em grupo de uma mulher albanesa. A decisão definitiva, da 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação, em Roma, é de janeiro de 2022, quando o atleta já tinha retornado ao Brasil.
 
No fim do mesmo ano, o Ministério da Justiça da Itália enviou pedido de extradição de Robinho, que foi negado pelo Governo – o país não extradita seus cidadãos naturais. Na sequência, os italianos acionaram o STJ para que a sentença fosse homologada para surtir efeitos no Brasil.
 
É esse o pedido que será analisado pela Corte Especial do STJ nesta quarta. A Justiça brasileira não discutirá o mérito da ação italiana, a que condenou Robinho – que admite relação consensual com a mulher e nega o estupro.
 
Os ministros irão avaliar se a sentença cumpre formalidades previstas na legislação nacional e em tratados entre os dois países para que ela tenha efeitos no Brasil.
 
Em parecer emitido em novembro, o Ministério Público Federal defendeu a homologação da sentença italiana. De acordo com o subprocurador da República Carlos Frederico dos Santos, "respeita tanto a Constituição Federal quanto o compromisso de repressão da criminalidade e de cooperação jurídica do país".
 
A defesa de Robinho cita a impossibilidade de o ex-jogador ser extraditado como argumento que impediria, também, o cumprimento de sentença estrangeira no Brasil. Os advogados ainda contestam o processo penal italiano, que, na versão deles, teria utilizado procedimentos considerados ilegais no Brasil.
 
Robinho entregou seu passaporte ao STJ no ano passado e está proibido de deixar o país.
 
O crime aconteceu em janeiro de 2013, na boate Sio Café, de Milão. Segundo a investigação, Robinho e mais cinco brasileiros teriam participado do ato. Além do jogador, outro brasileiro, Ricardo Falco, foi condenado aos mesmos nove anos de prisão.
 
Falco também é alvo de um pedido da Itália para cumprimento da pena no Brasil. O processo contra ele no STJ ainda não foi pautado para julgamento.
 
Dê sua opinião

Não serão aceitas mensagens com conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade, ou que desrespeite a privacidade alheia;


Comentários
 
 
 
Fechar
Rádio Califórnia Rádio Clube Rádio Max Rádio Metropole